Do Mito à Natureza é o nome da oficina busca despertar o olhar para o meio ambiente, associando geologia com cultura e arte. A proposta é analisar alegorias de Antonina, que explicam fatos geológicos, e estudá-los sob a visão da ciência.

De início os oficinandos aprenderam um pouco sobre os mitos da geociência, analisando alegorias como da deusa Pele, a quem creditavam a formação do arquipélago do Havaí e cujos cabelos e lágrimas eram feitos de lava. Logo no primeiro dia de oficina, os participantes fizeram a trilha no Morro das Laranjeiras para observar o tipo de solo e rochas da região. No final da semana vão refazer a trilha para reconhecer os fatos geológicos.

Um espaço cênico preto e branco, trágico, cômico e satírico. Em “Ópera atômica – As sete caras da verdade”, o público pode conferir a ironia aos padrões tradicionais de ópera - quando intencionalmente não se conclui o enredo, fazendo com que a trama retorne sempre ao mesmo ponto. A ópera arrancou gargalhadas dos espectadores do início ao fim.

O figurino, a maquiagem e os movimentos conseguem dizer tanto quanto as falas. A orquestra, presente no palco, também não passou despercebida. Usando como referência o modelo das histórias em quadrinhos, desde as cores escolhidas até o formato dos elementos cênicos, todos bidimensionais. Olhos e bocas são maquiados em grandes proporções, fazendo com que os personagens sejam caricatos. O resultado é um humor que agrada a todas as idades.

O Duo João Egashira e Julião Boêmio apresentaram “Choro em Antonina”, na Igreja Matriz, mostrando como se faz um bom choro. Egashira no violão e Boêmio no cavaquinho executaram clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo. Composições próprias também encantaram a platéia, como a que o violonista compôs para sua mulher e a composição feita por Boêmio sobre o curioso caso de ter contraído piolho no banco da rodoviária.

“Longa Vida ao Festival de Inverno”, disse Egashira, agradecendo a receptividade do povo antoninense e os organizadores do Festival. Aplaudidíssimos, executaram a última música, Carinhoso, de Pixinguinha com letra de João de Barro, considerada um “hino do coração”, acompanhados pela platéia que se transformou num grande coro.

Oficinas começam a todo vapor

Os espetáculos deram início ao Festival de Inverno no domingo, mas as oficinas começaram mesmo nesta segunda-feira. Um dia lindo de céu azul dá as boas vindas aos ministrantes e oficinandos. É hora de por em prática os conteúdos até agora trabalhados somente na forma de projeto.

A criançada é o público especial das oficinas. Elas correram para garantir uma vaga nas oficinas escolhidas e agora já estão em sala recebendo os primeiros conteúdos, aprendendo na prática os mais variados conteúdos de arte.