últimas do festival

Neste espaço, você saberá de tudo o que está rolando no 28º Festival de Inverno da UFPR.
Produção de oficinas, espetáculos, curiosidades, atividades da Praça de Recreação e todas as ações que espontaneamente são geradas pelo evento!

Os vídeos são de produção da UFPR TV | Fotos e matérias Prattica - Agência Experimental de Relações Públicas da UFPR

 

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21 de julho - sábado

“Grande Circo Trapizonga” traz marionetes e alegria para a praça no Festival de Inverno

O sexto dia do Festival de Inverno contou com uma participação especial: a peça “Grande Circo Trapizonga”, que trouxe uma família rural de marionetes e arrancou muitas risadas do público nesta quinta-feira (19), na praça Coronel Macedo.

O Grande Circo Trapizonga conquistou o público de Antonina. Créditos: Letícia Camargo


Crianças e familiares lotaram o espaço para conferir a história de Pereirinha da Silva, Polaca da Silva e o filho do casal, Lambari da Silva, que sonha em ser artista de circo. O menino acorda e dorme pensando no que tanto almeja, e as peripécias do garoto junto com o pensamento divertido dos pais conquistaram a plateia.
O pequeno Iago, de 9 anos, ficou maravilhado com o espetáculo: “A parte que eu mais gostei foi quando o boi apareceu [se referindo ao Boi Bumbá] e o circo”, conta animado.
O teatro explora o tema rural, o famoso ditado “domingo pede cachimbo” e os costumes da população do sítio que ‘proseia’ com o compadre em seu dia de descanso, trazendo um novo cenário para o público.

O Grande Circo Trapizonga conquistou o público de Antonina. Créditos: Letícia Camargo


A peça, os personagens e a cia. de teatro foram idealizados por Cauê Perrota.  Há 40 anos, ele criou o seu teatro de marionetes de maneira itinerante e saltimbanca, a fim de levar arte e cultura para pequenas cidades e regiões afastadas dos grandes centros urbanos.
O marionetista já é personagem conhecido no Festival. Cauê participou das primeiras edições do evento e atuou como oficineiro e ator. Para ele, é uma emoção estar de volta. “O Festival é como um presente para Antonina diante da grande disseminação cultural que o projeto traz”, finaliza Perrota.

grupo Mulamba, música instrumental e comédia agitaram Antonina no sexto dia de espetáculos

O grupo Mulamba, formado por seis mulheres, foi a atração de encerramento da noite de quinta-feira (19) no Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná.

atitude no palco marcou o show do grupo Mulamba. Foto: Nicolle Schumacher


Juntas desde 2015, a banda se formou inicialmente para fazer um tributo a Cássia Eller. As composições do sexteto de Curitiba abordam temas ligados às mulheres, como machismo e discriminação. “Não precisamos gritar para a mulher a violência que ela sofre, precisamos que as pessoas que cometem violência contra mulheres nos escutem”, afirma Cacau de Sá, uma das vocalistas.
As integrantes explicam que enfrentaram dificuldades por serem mulheres fazendo música no Brasil, mas estão superando isso. “A gente está vencendo essa barreira lindamente, com a colaboração de todos, homens e mulheres”, diz Cacau.
A apresentação marcada por atitude foi a primeira da banda no Festival de Inverno e também em um coreto. “Esse festival fomenta a nossa cultura e a música. Somos de várias localidades do Brasil e é bom estar aqui sentindo esse clima”, comenta a vocalista Amanda Pacífico.

Peça “Comédia de um homem só” vai de cotidiano a Schwarzenegger
Hélio Barbosa e a “Comédia de um homem só” reuniram piadas diversas em um stand up no Theatro Municipal de Antonina e fizeram o público rir muito durante uma hora de show.
O ator adentrou o palco e iniciou um diálogo casual com os presentes. Para ele, é uma relação sincera. “O público é a entidade mais confiável que existe. Ele já vem disposto a gostar e a ser honesto”.

Hélio é humorista há 36 anos e diverte o público com piadas sobre frustrações, medos e peripécias. Foto: Letícia Camargo


Presente pelo menos três vezes no Festival de Inverno, o humorista afirma que a iniciativa é, além de tudo, necessária. “Se as pessoas assistem e gostam, é porque está sendo valioso. Mais festivais assim deviam existir”, conta, complementando que o humor é uma linguagem dos deuses e é ótimo quando apreciada.
Hélio aponta que o destaque do espetáculo é a habilidade e comprova a técnica ao fazer passos de sapateado no palco, imitações de famosos e piadas.
As imitações passam por John Travolta, Jack Nicholson e Arnold Schwarzenegger, tudo para conquistar a amada que conheceu num passeio. As piadas giram em torno da arte da conquista, das coisas que o indivíduo se submete para impressionar outro alguém, tudo com o jeito “Hélio” de ser.
Até mesmo animais entraram na roda. Encarnando um argentino, o humorista passa a imitar um zoológico e tira gargalhadas da plateia. Há 36 anos na estrada, Hélio afirma que esse tipo de imitação, por mais inocente que pareça, também o diverte. Questionado se estava ansioso para o espetáculo, ele confirma, mas ao mesmo tempo se tranquiliza ao pensar no Theatro cheio. “Estou muito bem acompanhado”.

 

Solo de Gabriel Schwartz
No início da noite, o cantor e multi-instrumentista Gabriel Schwartz marcou presença na apresentação da Igreja São Benedito. O artista estreou seu show solo eclético, com composições próprias e interpretações.

Gabriel Schwartz se apresentando na Igreja São Benetido, créditos: Nicolle Schumacher


Durante o espetáculo, Schwartz disse que já participou muitas vezes do Festival de Inverno. “É sempre uma alegria voltar”.
O repertório conta com canções e músicas instrumentais, ao som de violão e flauta. O artista canta e também constrói arranjos ao vivo, com o auxílio do seu loopstation, toca saxofone e baixo de oito cordas.

 





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20 de julho - sexta-feira

Festival de Inverno finaliza oficinas nesta sexta-feira; apresentações de resultado serão no sábado

Sete das 12 oficinas oferecidas pelo Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná são voltadas para a comunidade em geral.
As atividades tiveram início na segunda-feira (16) e terminam com a apresentação, no sábado, dos trabalhos e produtos desenvolvidos ao longo da semana.
Confira quais são os grupos e temas dessa edição.


Agregando valor à Chita
Carla Calonassi não encontrava tempo para participar do Festival de Inverno, mas esse ano foi diferente. Quando viu o artesanato na lista de oficinas, deu um jeito de fugir do trabalho por alguns dias para aperfeiçoar a técnica. “Sou amante do artesanato e me interessei muito por essa programação”.

A oficina de artesanato “Agregando valor à Chita”. Créditos: Nicolle Schumacher


A corretora de imóveis participa com outras colegas da oficina “Agregando valor à chita: transformação de objetos comuns em objetos artísticos”. A professora Maria Regina Sarro conta que a ideia é usar a chita colada ao EVA.
“A chita é um tecido feito de fibras de algodão, de origem indiana e trazido ao Brasil. A marca registrada da chita são flores, o tecido é muito colorido e alegre. Vamos preparar vários materiais, como toalha, colar e outros acessórios”, diz Maria Regina.
Ao final das atividades, o grupo vai produzir uma cortina de retalhos, com faixas emendadas, para doar para uma instituição de caridade.

Danças tradicionais brasileiras
A oficina “Danças tradicionais brasileiras – sotaques e recriações” aborda ritmo, jogos, passos e desenhos coreográficos das danças tradicionais de alguns folguedos brasileiros, como cavalo marinho, cirando, caboclinhos e bumba meu boi.
“Queremos mostrar um pouco de cada dança tradicional brasileira. As danças são inúmeras e complexas, há muita riqueza para explorar”, afirma José Ronaldo Francisco Ribeiro, ministrante da oficina.
O grupo trabalha danças nordestinas e está voltado para a dança de São Gonçalo. Os participantes preparam até mesmo os arcos para a apresentação.
O universo da cultura popular chamou a atenção de Leonardo Cardoso, músico de Ourinhos. “Eu sempre participava do Festival quando era universitário, agora vim pela oficina. O diferencial de Antonina é mesclar atividades artísticas, artes plásticas, dança, música e cinema. A diversidade me chama a atenção”, avalia.

 

Fotografia e Vídeo
Com o celular nas mãos, Reinaldo Góes mostra habilidade para registrar os pontos turísticos de Antonina. A atividade faz parte da oficina de Fotografia e Vídeo: impressões visuais de um caminho. Há três anos, ele e a esposa participam da programação do Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná. “Tiro muitas fotos no dia a dia, mas sempre tive curiosidade para aprender as técnicas e a oficina nos dá essa oportunidade”, conta.
Durante a semana, o grupo percorreu as ruas da cidade para desenvolver o olhar fotográfico. Ao todo, o material já ultrapassa duas mil imagens que serão trabalhadas. “A oficina consiste na produção de um vídeo feito a partir de fotografias, pela técnica ‘stop motion’. Os temas são a arquitetura e a arte urbana de Antonina, além de registros do próprio Festival”, explica a ministrante Soluá Carneiro.
Os participantes realizam também a edição das fotografias para a apresentação do trabalho no sábado (21). “Está sendo muito prazeroso transformar o olhar fotográfico deles. Os participantes me surpreenderam na compreensão das ideias e técnicas de fotografia para essa produção do vídeo”, diz Soluá.

 

Quadrinhos
 “Antonina em quadrinhos” traz como cenário o litoral paranaense. A oficina reúne crianças, jovens e adultos para a elaboração de histórias em quadrinhos.

Oficina “Antonina em Quadrinhos”. Créditos: Nicolle Schumacher


“O foco é a própria cidade, Antonina é a personagem principal. Além da ambientação, estamos transformando outras aspectos e aliando a outros personagens que são incorporados. Você coloca a relação quando trabalha o texto no contexto da cidade”, explica o ministrante Nilo Roberto Trovo.
No sábado, a oficina vai fazer a exposição das histórias produzidas pelos participantes em um varal.

 

Contador de histórias
O colégio Rocha Pombo também sedia a oficina “A performance do contador de história através dos elementos da música”. Com o objetivo de desenvolver e aprimorar o desempenho da contação de histórias, a oficina utiliza laboratório de pesquisa e experimentação e a música é aplica à arte de contar histórias.
“Começamos com a teoria, depois aquecimento e brincadeiras. Temos sempre uma parte de prática vocal e corporal e as atividades de integração do grupo, com improvisações, até desenvolver a contação de histórias”, ressalta a ministrante da oficina, Rosy Greca.

 

Música Percussiva
Do lado de fora do Clube Náutico em Antonina já é possível escutar o som de vários instrumentos. O músico Fernando Lobo conta que são cerca de 30. “A oficina de Música Percussiva Brasileira trata de ritmos brasileiros pela mobilização da consciência corporal”, explica Lobo que coordena os trabalhos.
Para participar não era necessário conhecimento prévio, mas Bruno Martins já tocava bateria. “Resolvi aproveitar a oportunidade do Festival para me capacitar de maneira mais séria”, diz o mestrando da UFPR Litoral.
A proposta da oficina é que os participantes passem por vários instrumentos em cada dia para tocar ritmos diferentes.
“Acho muito interessante a programação do Festival porque a gente consegue um intercâmbio de experiência. Essa troca cultural em vários espaços, agora em Matinhos em Paranaguá também, é o mais importante”, afirma Bruno.

 

Laboratório Performance
A oficina “Crua – Laboratório Performance”, ministrada por Bia Figueiredo, tem como ponto de partida o próprio corpo. O foco é iniciar os participantes em práticas e discussões sobre a performance arte.

Oficina “Crua – Laboratório Performance”, ministrada por Bia Figueiredo. Créditos: Nicolle Schumacher


“A ideia durante a oficina é criar pequenas ações performativas, a partir das experimentações dos participantes. Estamos trabalhando questões sobre o corpo, territorialidade, espaço urbano e temporalidade”, explica Bia.
A performance é uma arte de fronteira que se estabelece como gênero artístico desde os anos 60. De acordo com Bia, uma das principais características é a mistura entre os gêneros artísticos e matérias, modos de fazer e compor uma ação artística. “A partir dessas questões estamos trabalhando com o grupo. Os resultados serão apresentados para o público”.

 

 



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19 de julho - quinta-feira

Espetáculos de música colocaram o público para dançar no quinto dia de Festival de Inverno

A música tomou conta do Festival de Inverno, em Antonina, na quarta-feira (18). No final da tarde, ninguém ficou parado com o show da banda Siricutico, que animou quem estava no coreto. O grupo mistura fatores lúdicos com diversos gêneros musicais.

Apresentação do Siricutico no Coreto de Antonina. Foto: Nicolle Schumacher


Crianças e pais que participavam das atividades do Geplec – Grupo de Estudos e Pesquisa em Lazer, Espaço e Cidade –  emendaram uma atração com a outra. Logo nas primeiras músicas, a banda colocou o público para dançar e brincar ainda mais pela praça Coronel Macedo.
O grupo, que já se apresentou no festival, estava familiarizado com o público. Uma das músicas mais cantadas é “Bala de Banana de Antonina”, que fala sobre a guloseima popular da cidade litorânea.
As composições da banda possuem uma musicalidade lúdica, que se assemelha às canções infantis. Contudo, a Siricutico afirma que suas músicas são para gente grande também: “nossas músicas têm muitas referências de outras. Isso acaba trazendo tanto as crianças quanto os mais velhos”, contam, complementando que a faixa etária para ouvir o Siricutico vai de “zero a cem anos”.
Para o grupo, voltar a Antonina traz lembranças: “Foi aqui [no Festival] que fizemos um dos nossos primeiros shows. A oportunidade nos acolheu e abriu portas”, contam. 


Grupo de MPB da UFPR convida Sincopé e Vidro e Corte
O palco do Theatro Municipal de Antonina recebeu a apresentação do Grupo MPB da UFPR, que convidou os grupos musicais Sincopé e Vidro e Corte.
O repertório apresentado é uma prévia do espetáculo “A cara do Brasil”, que abordará a diversidade rítmica e melódica da música popular brasileira, a partir de seu diálogo com a tradição oral.

Grupo de MPB da UFPR encanta público do Theatro Municipal com apresentação cênica. Foto: Letícia Ariele


O Grupo de MPB foi fundado em 1994 e há menos de um ano passou por um processo de reformulação completa. Vicente Ribeiro iniciou as atividades como regente e decidiu pela ampliação do elenco de instrumentistas. Além disso, toda a equipe foi renovada. O grupo artístico, configurado como um coro cênico, apresenta como diferencial o fato de que os espetáculos produzidos são resultados de pesquisas.
“A cara do Brasil é um repertório com canções da MPB em torno da diversidade. Preparamos 5 canções que estarão no nosso espetáculo novo, previsto para o mês de dezembro. Essa foi nossa segunda apresentação”, afirmou Vicente Ribeiro.
As bandas Sincopé e Vidro e Corte são formadas por integrantes do grupo MPB da UFPR. Sincopé possui doze anos de estrada e a Vidro e Corte quatro, ambas cantaram músicas autorais.
“Participei junto com o Vicente para a seleção do nosso grupo. Todos nós estamos desde fevereiro ensaiando” disse Cris Lemos, que canta e também é preparadora vocal. Em algumas partes da apresentação, Cris dançou e o público com palmas. “Não sou profissional, mas um dia dancei no ensaio e virou uma marca”.


Trombone de Frutas
Para fechar a quinta noite do Festival de Inverno, o grupo Trombone de Frutas atraiu muitos jovens para o coreto de Antonina. A banda Curitiba mostrou personalidade, aliando humor ao carisma dos integrantes. O vocalista Conde Baltasar cativou o público com sua performance teatral, repleta de gestos e sorrisos.

Vocalista da banda Trombone de Frutas no Coreto de Antonina. Foto: Letícia Ariele


A mistura de rock, bossa nova, música latina e progressiva vem da trajetória experimental do grupo. O quinteto é formado por Conde Baltasar, Rodrigo Chavez, Thiago Ramalho, Marc Olaf e Pedro Milla.
“Nós temos uma forte construção cênica em torno do vocalista (Conde Baltasar), humor e refinamento musical. Queremos deixar as pessoas curiosas”, disse o tecladista Olaf.
Considerada uma banda manifesto, o show do Trombone de Frutas lotou a praça Coronel Macedo e fez o público dançar. “O Festival de Inverno é um evento bem importante para o estado, já vim assistir aos shows várias vezes. A programação é ótima, deveria haver em mais cidades”, afirmou Olaf.

oficinas voltadas para comunidade antoninense abrangem públicos diversos no Festival de Inverno

O Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná oferece cinco oficinas/workshop para a comunidade de Antonina. Os temas escolhidos, pensados pelas especificidades da cidade litorânea, trouxeram Dandara Ventapane para a 28ª edição do festival. A porta-bandeira da escola de samba União da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, é ministrante de um workshop que apresenta elementos básicos na constituição do bailado tecnicamente e culturalmente.

Dandara Ventapane, porta-bandeira da escola de samba União da Ilha do Governador, ministra workshop de mestre-sala e porta-bandeira. Foto: Nicolle Schumacher.


Neta do cantor e compositor Martinho da Vila, Dandara iniciou cedo a ligação com o samba. “Comecei desfilando na escola-mirim, depois fui passista e comissão de frente. Passei por escolas de diversos grupos, até que resolvi, há seis anos, experimentar ser porta-bandeira”, papel que exige uma forte preparação ao longo do ano para o desfile.
A experiência de Dandara atraiu apaixonados pelo carnaval para participar da atividade até sexta-feira. “Vou abordar o que é necessário para o casal de mestre-sala e porta-bandeira e quais são os quesitos básicos. Falo sobre a apresentação para os jurados e a importância para a escola de samba, porque nós carregamos o pavilhão da escola”, diz.
“Eu participo bastante do carnaval, já fiz curso e vejo sempre as técnicas na TV. Nesta semana, quero aprender coisas novas”, diz Maria Lúcia Alves, porta-bandeira há 12 anos pela escola antoninense Leões de Ouro.
O secretário da escola de samba Filhos da Capela, John Kennedy, avalia que o workshop é uma ótima oportunidade para o carnaval de Antonina. “O carnaval é patrimônio cultural da nossa cidade, temos uma tradição de longa data. São 28 anos de parceria entre a universidade e Antonina e já tivemos várias oficinas, que para nós são de suma importância”.
“Esse conhecimento vai aprimorar o trabalho dos componentes, é primordial para a escola e todos que participam”, afirma Rivair Soares ‘Tita’, presidente da escola de samba Batel.
A escola Enamorados do Samba, de Curitiba, também marca presença na atividade. “Esse workshop é importante para as escolas, para o crescimento do carnaval no estado e para o conhecimento que as porta-bandeiras irão receber”, ressalta a presidente Marlene Monte Carmelo, carnavalesca há 58 anos.
“É uma troca de experiência conhecer outros carnavais, vai ser muito importante para o crescimento e a valorização desse carnaval e da cultura da cidade”, conclui Dandara.

Oficinas de aprimoramento
Composições de Bruno Mars e Michael Jackson estão no repertório da Orquestra Show de Antonina. O grupo formado por 25 alunos iniciou a oficina no último domingo e se apresentará no Festival de Inverno nesta sexta-feira (20).

Lybner de 10 anos é um dos participantes da oficina de aprimoramento. Foto: Nicolle Schumacher


O trabalho é desenvolvido na cidade durante todo o ano e recebe um maestro convidado especialmente para o Festival. “Trazemos novas informações, uma espécie de reciclagem, com repertório novo que tende a acrescentar com outra visão”, explica o maestro que ministra a oficina neste ano, Marco Aurélio Koentopp. “Essa formação é um pouco menor e a gente faz um trabalho  mais voltado para Big Bands”.
Giovana Gamba, professora de música em Blumenau – Santa Catarina, está em Antonina para participar do Festival de Inverno pelo quarto ano consecutivo. “A formação e a dedicação dos alunos daqui é impressionante. Levo para Blumenau essa experiência rica, cada regente que passa apresenta uma técnica nova”.
Com apenas 10 anos de idade, Lybner Ribeiro é um dos participantes. “Sempre fui apaixonado por música e entrei na banda aos nove. É muito bom tocar nas oficinas do festival”, diz o estudante que toca o instrumento bombardino.
No período da tarde, a sede da Filarmônica Antoninense abre as portas para a oficina Prática de Banda Sinfônica, ministrada por Thiago Santos. A oficina proporciona uma experiência intensiva de preparação de repertório variado. A proposta é colaborar para a maturação dos recursos técnicos e musicais que fazem parte do cotidiano artístico das bandas.
Wellington Freitas, professor da escola de música, afirma que as oficinas da UFPR facilitam a questão da prática e de desenvolvimento com os instrumentos. “As atividades proporcionam a criação de novos caminhos, repertórios variados, com muito desenvolvimento para o aluno. Cada ano há linguagem e propostas diferentes, somando tudo criamos nossa forma de tocar, que nos prepara para qualquer maestro e qualquer banda”.
Neuton Medeiros participa das oficinas para Banda Sinfônica e Orquestra há 10 anos. Formado em Música pela Universidade Federal do Paraná, atualmente o clarinetista é professor de Música em Antonina. “É uma grande experiência de vida, aqui temos o contato com a música desde pequeno. As oficinas nos dão a possibilidade de conviver com maestros diferentes, que trabalham de formas diferentes. Cada vez é um repertório, um aprendizado novo, uma grande oportunidade aqui na nossa cidade todos os anos”, ressalta.

 

Educação Especial
A oficina de Danças Urbanas Inclusiva reúne cerca de 15 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Antonina, entre 24 e 64 anos de idade. O objetivo é adaptar a modalidade de danças urbanas para o grupo.

Danças Urbanas Inclusiva na Apae de Antonina. Foto: Nicolle Schumacher.


Trabalhando com educação especial desde 2016, a ministrante Julianne Agge Auffinger transforma até mesmo ações cotidianas em passos de dança. “Fazemos aquecimento e vários exercícios para explorar o lado artístico deles, principalmente voltado para o hip hop”, explica. As atividades também são consideradas relevantes para a saúde dos participantes.
Pela manhã, a oficina abrange o público de professores e profissionais da Apae. “Estou levando ações estratégicas para o uso durante o cronograma escolar. São brincadeiras, dinâmicas e ate danças para eles utilizarem durante o ano”, conta Julianne. “A arte inclui não segmenta”.


Maturidade
Dona Iolanda da Silva, de 85 anos, desfila na ala das baianas em uma escola de samba da cidade, não toma comprimidos e ainda mostra como tem flexibilidade, ao encostar as mãos na ponta dos pés. Com disposição de sobra, não pensou duas vezes quando soube da oficina voltada para a maturidade.
“Eu gosto de dançar. Danço no PIA (Patronato do Idoso Antoninense), saio no carnaval e estou muito animada com essa oficina”, diz Iolanda que participa do Festival há anos.
A Dança espontânea: som e movimento é ministrada por Kátia Maria Coelho Drumond, que já ministrou outras oficinas no Festival e realiza seu primeiro trabalho junto à maturidade. “É uma experiência inédita. Estamos trabalhando a consciência corporal e vocal e outras sonoridades que elas não costumam praticar na dança que já realizam pelo projeto municipal”, afirma.
Kátia propões rítmicas diferenciadas dentro das vertentes da música negra. “Elas são joias raras. A maioria viúvas, aposentadas, que descobriram que precisam viver para elas, doar esse tempo para elas”, diz.
Aos 64 anos, Evanilda Maia conta que está bem mais disposta com as atividades físicas que realiza semanalmente, fator que a incentivou a se inscrever na oficina. “Eu acho bom que tenha essa atividade para participarmos, precisamos desse tipo de oportunidade”.

oficina SEBRAE de economia

Na última terça (17) e quinta (19), foi realizada a oficina de economia oferecida pelo SEBRAE, um dos parceiros institucionais do Festival. No primeiro dia o encontro foi na zona rural de Antonina, já na segunda vez tudo ocorreu na Secretária Municipal de Cultura e Turismo. Ambas as oficinas foram ministradas por Dartilene de Souza e Silva, formada em Turismo e consultora do SEBRAE.

Oficina de economia do SEBRAE que ocorreu na Secretária Municipal de Cultura e Turismo. Créditos: Letícia Camargo, Prattica.


A oficina teve como objetivo trabalhar a experiência no consumo do produto turístico. O conteúdo abordado falava da qualidade do turismo e do atendimento, satisfação do cliente, entre outros pontos relevantes. No final da aula, a sala foi dividida em grupos e cada um desenvolveu uma estratégia para um comércio específico.
“Foi uma troca muito rica, principalmente depois da dinâmica. As pessoas tiveram ideias maravilhosas que poderiam ser implementadas na cidade de Antonina” conta Dartilene.


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18 de julho - quarta-feira

Show Pierrot de Bernardo Bravo


Na última terça (17), a Igreja São Benedito abrigou mais uma apresentação, dessa vez o show Pierrot de Bernardo Bravo. O repertório do cantor carioca foi da MPB ao erudito, contando com Kid Abelha, Heitor Villa-Lobos e composições próprias.

Bernardo Bravo apresentando o Show Pierrot na Igreja São Benedito. Créditos: Letícia Camargo

O show Pierrot foi criado especialmente para a participação no 28º Festival de Inverno da UFPR. “Como estou nos meandros do Disco do Desassossego e como já encerrei o Coyoh, optei apresentar de forma única um show inédito, continuação do meu antigo disco, Arlequim, de 2013”, disse Bernardo Bravo.
Tudo foi inspirado na comédia dell’arte, uma forma de teatro popular que apareceu na Itália no século 15. As apresentações eram realizadas em ruas ou praças, por companhias itinerantes. Os figurinos eram coloridos, as cenas espontâneas e improvisadas. Alguns personagens se tornaram criações importantes, como Arquelim, Colombina e Pierrot. Pierrot é um palhaço triste apaixonado por Colombina, a qual lhe parte o coração e o deixa por Arquelino.
Ao criar o disco Arquelim, inspirado pelo personagem da comédia dell’arte, Bernardo pensou em fazer uma sequência com mais dois discos: Colombina e Pierrot. Por isso mesmo, o show Pierrot continha músicas mais melancólicas e tristes — representando alguém que foi abandonado pela amante.
“Eu sou uma cria do Festival de Inverno da UFPR. Vim para cá com 15, 16 anos, fiz as oficinas e via os shows. E agora vim como artista. Esse é um dos festivais mais importantes que a gente tem no estado” afirma Bernardo.

Nena Inoue lota o Theatro Municipal de Antonina com peça “Para não morrer”


Já no começo da noite, O solo de Nena Inoue foi um dos destaques do quarto dia de Festival e atraiu um grande público para o Theatro Municipal de Antonina. “Para não morrer” conta a história de 27 mulheres de vários lugares do mundo, em diferentes tempos e que trazem em comum a resistência.

Nena Inoue no espetáculo “Para não morrer”, apresentado no Theatro Municipal de Antonina. Créditos: Nicolle Schumacher


A peça é inspirada na obra “Mulheres”, de Eduardo Galeano, com criação da atriz, dramaturgia de Francisco Mallmann e parceria de direção de Babaya.
“São histórias verídicas de mulheres da resistência, mulheres de ontem e de hoje. Eu vejo que não conhecemos as histórias de muitas delas. Como digo na peça, isso é ‘para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça’”, afirma Nena, ao falar sobre a necessidade de relembrar o passado.
A atriz aborda as opressões pelo recorte das mulheres que se rebelaram. “É importantíssimo falar das mulheres porque elas foram caladas e ainda são. A gente tem que falar para dizer que estamos aqui, que estamos na resistência e vamos continuar”.
Durante a peça, a personagem traz relatos de mulheres de Havana, Equador, Argentina, entre outros países, e cita Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada no mês de março.
“Não estudamos a história da América Latina na escola. Na Argentina e no Chile, os presidentes da ditadura foram condenados e presos, mas no Brasil os torturadores não foram julgados. É como se esse período não tivesse acontecido e por isso a história se repete, porque não temos memória”, diz. “Esse espetáculo é necessário por trazer a memória dessas mulheres e para saber de onde viemos e quem somos”, conclui.  

 

 

Itaércio Rocha leva música brasileira ao Coreto


Outra atração do Festival de Inverno foi o cantor e compositor Itaércio Rocha. O show trouxe a essência da música tradicional e folclórica nacional para o Coreto da praça Coronel Machado.

Itaércio Rocha no Coreto de Antonina. Créditos: Nicolle Schumacher


“Ele me ama, mas não quer ser gay”. O trecho é de uma das músicas mais famosas de Itaércio, que fez o público vibrar e cantar alto durante a apresentação, com direito a bis. As letras do compositor também falam sobre a cultura nordestina e vivências do universo de “Caboclo” Itaércio, homem maranhense, gay e carnavalesco.
O cantor é um dos fundadores do grupo ‘Garibaldis e Sacis’, entre os mais conhecidos e aclamados no carnaval curitibano. A especialidade de Rocha é tirar o público do chão; dessa vez não foi diferente, os presentes dançaram da primeira até a última música.
Itaércio é um rosto conhecido no Festival de Inverno; já participou como oficineiro, ator, dançarino e cantor. “Sou muito feliz em Antonina. Tenho uma identificação com a cidade pelo carnaval e pelo clima”, explica.

 

Ballet de Antonina encanta platéia do Festival de Inverno

O 4º dia do Festival de Inverno, terça-feira dia 17, começou com a apresentação do Ballet de Antonina no Theatro Municipal. As danças foram variadas: desde a valsa clássica “Danúbia Azul” até coreografias de jazz ao som de pop.

Apresentação do Ballet de Antonina no Theatro Municipal. Créditos: Letícia Camargo


As aulas do Ballet de Antonina são feitas pelo Centro Educacional Ballet Coppélia do Brasil, que tem sede em Curitiba e em parceria com a prefeitura dá aulas aos sábados em Antonina. As apresentações são uma tradição do Festival e o projeto ocorre há nove anos.
A Coppélia do Brasil oferece aulas de ballet, jazz e sapateado para pessoas de todas as idades. A escola objetiva o incentivo da imaginação, criatividade e individualidade dos alunos. Foi criada em 1974 por Agnalda Trinkel e teve sua primeira sede em Paranaguá.
Trinkel começou a dançar aos seis anos de idade e já participou de cursos em instituições como Joffrey Ballet, J.J. Smith e Hector Mercado. Ela conta já ter dançado em Antonina há mais de 35 anos, ao som de orquestras do mundo inteiro.
“A bailarina clássica prima pela sua postura e comportamento. E nunca é tarde para começar a fazer ballet. É sempre cedo, quem dança vive intensamente. É um mundo fantástico que nem todas as pessoas descobrem”, afirma Agnalda Trinkel.

Apresentação do Ballet de Antonina no Theatro Municipal. Créditos: Letícia Camargo


Patrícia Bornancim, 43 anos, decidiu que ia colocar as duas filhas pequenas no ballet. Mas quando soube que a espera para as aulas terminarem seria de três horas, decidiu entrar na dança também. Agnalda, é claro, a incentivou. “No começo foi mais difícil, mas agora está tudo tranquilo. Já estou até na sapatilha de ponta”, conta Patrícia.


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17 de julho - terça-feira

noite de segunda-feira do Festival de Inverno contempla teatro, música latina e grupo de choro

A noite de segunda (16) começou com o ritmo brasileiro no 3º dia do Festival de Inverno da UFPR. O Grupo de Choro do DeArtes fez uma apresentação na Igreja São Benedito, que outra vez estava cheia.

Grupo de Choro do DeArtes se apresentando na Igreja São Benedito. Créditos: Letícia Camargo


A banda é parte do Projeto de Extensão “Práticas Musicais para a Comunidade no DeArtes 2.0”. O projeto foi criado em 2012 e é vinculado à disciplina de Prática de Conjunto Musical VII e coordenado pelo Prof. Dr. Edwin Ricardo Pitre-Vásquez do curso de música da UFPR. Os participantes são alunos do curso de música, mestrandos, doutorandos e convidados que se dedicam à prática do Choro e canções da música brasileira.
Choro, ou de chorinho, é um gênero de música popular brasileira que surgiu no Rio de Janeiro em meados do século 19. É influenciado pelo lundu, ritmo de inspiração africana, e por gêneros europeus.
”O choro é uma linguagem comum do povo brasileiro”, diz Julio Borba, 28 anos, que está no Grupo de Choro do DeArtes há dois anos. “Comecei a me interessar pelo choro quando ouvi Raphael Rabello, adorei a música e fui pesquisar o que ele tocava”.
Mel Fernandes, 23 anos, conta que é gostoso tocar junto com o grupo e ver como a música pode causar alegria. Segundo ela, o choro em geral é instrumental, mas recentemente letras foram criadas para músicas tradicionais do gênero. “Essas apresentações abrem portas para que pessoas que nunca ouviram o choro se apaixonem por ele”, afirma Mel.
Em seguida, a peça “O Céu de Valentim” começou. Bravura, coragem e emoção são palavras chaves para definir a atração do terceiro dia do Festival de Inverno da UFPR. O espetáculo lotou o Theatro Municipal de Antonina.
“Todos nós somos uma continuação e um pedaço do sem fim”, diz uma das falas da peça, protagonizada por Valentim e sua avó, que, após uma mensagem de um anjo, iniciam uma jornada atrás do pai desaparecido do menino.
Os vários altos e baixos condicionados às classes mais pobres da sociedade são interpretados na peça de maneira sensível e questionadora. Essa atitude se complementa ao perceber que Ernesto, pai de Valentim e também conhecido como “homem de chinelos”, lutava contra a desigualdade ao bater de frente com o “homem de botas”. Ao passar da trama, Valentim começa a ter consciência de sua classe e um misto de sentimentos ecoam pelo palco.

Com a atuação dos representantes do grupo Obragem, a peça reuniu uma série de problemas sociais. Créditos: Nicolle Schumacher


O espetáculo nasceu de uma ideia do grupo artístico Obragem, criado em 2002 e idealizado por Olga Nenevê e Eduardo Giacomini. A proposta é unir os vários ramos artísticos – teatro, música, literatura e dança – e fazê-los conversar no palco, tornando uma experiência multissensorial.
A peça tem criação recente, mas já passou por vários espaços do Brasil. Segundo o Obragem, o saldo é sempre positivo: “O Céu de Valentim busca mostrar a realidade social que vivemos no país. Quem assiste geralmente acaba refletindo e repensando as ideias”, conta Eduardo.
É a primeira vez que o Obragem se apresenta no Festival de Inverno. “É muito emocionante unir a arte com a comunidade. Ainda mais num evento como este”, comenta Olga.
Para fechar a noite de segunda-feira, o ritmo latino tomou conta da cidade de Antonina com o grupo El Merekumbé. Formada por três integrantes cubanos e seis brasileiros, a banda levantou o público e colocou todo mundo para dançar.

Grupo El Merekumbé no Coreto de Antonina. Créditos: Nicolle Schumacher


O grupo surgiu em 1999, por iniciativa do maestro cubano Jorge Mujica, e busca o intercâmbio entre a música latina bailável, principalmente a salsa – música caribenha – com vários ritmos, como mambo, rumba, bolero, cha-cha-cha, son-montuno, danzón, cumbia e merengue.
El Merekumbé animou a noite com os sucessos “Corazón Espinado”, “Mas que nada” e o tema da série La Casa de Papel, “Bella Ciao”.
“Adoro música cubana e caribenha. Acho que esse tipo de show traz uma riqueza para cidade, é uma efervescência de arte e cultura”, avaliou a artistia Soluá Carnei.



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16 de julho - segunda-feira

GEPLEC oferece tarde de brincadeiras na Praça em Antonina

O público que passar pela praça Coronel Macedo até o dia 21 de julho poderá conferir as atividades do Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Lazer e Cidade (GEPLEC). O projeto “Vem Brincar na Praça” traz várias brincadeiras durante as tardes, integrando a programação do Festival de Inverno da UFPR.

Crianças aprendendo a fazer cataventos na praça de Antonina. Créditos: Letícia Camargo, Prattica


“Esse hit é chiclete na sua mente vai ficar: brinco, brinco, brinco sem parar”. Esse é um trecho da música adaptada para o início das atividades do GEPLEC na Praça. Diariamente as brincadeiras mudam, e as mais procuradas serão repetidas no último dia do Festival, 21.
O GEPLEC é composto por 22 estudantes do curso de Educação Física da Universidade Federal do Paraná que buscam incentivar práticas corporais e de lazer, de forma criativa, lúdica e transformadora nos espaços. O grupo existe há dez anos e é supervisionado pela professora Simone Rechia. “A proposta é de intervenção. A praça é um local democrático e trazer o lazer para ela acaba sendo uma forma de apropriação”.
O grupo compõe a programação do Festival desde seu início, e este ano investe em novas metodologias. Entre as novidades estão as oficinas de jogos afro e contação de histórias, no colégio Brasílio Machado, ao lado da Praça. As tradicionais brincadeiras – como corda, balões de água e dança – continuam fazendo parte do programa.
As áreas de ensino transitam entre físico/esportivo, manual, artístico e social. Essa última visa integrar os familiares na cultura do brincar, investindo num ‘brincar’ para todas as idades. Samanta Rodrigues, mãe da pequena Maria Fernanda, apoia a iniciativa. “Os pais precisam se integrar na diversão. Faz bem para os dois lados” afirma.

Crianças dançando em uma atividade da GEPLEC na praça de Antonina. Créditos: Letícia Camargo, Prattica


As crianças podem escolher em qual área querem brincar e trocar sempre que quiserem. Além de muita diversão, o projeto oferece uma desmistificação da atuação da criança, como explica Simone. “As atividades mostram que a criança usa todo o corpo para agir, quebrando a ideia de que a criança fica passiva”.
O mestrando Bruno Neca faz parte do GEPLEC há quatro anos e conta que a iniciativa é importante para a própria formação dos graduandos, visto que os futuros educadores físicos lidam diretamente com as crianças durante a estadia no Festival. “É a própria extensão. Vemos a teoria ganhando forma nos espaços que montamos aqui [na Praça] e no decorrer da atividade”.
O projeto é considerado um sucesso. Cerca de 800 crianças participaram das atividades na última edição do Festival e, em 2018, a organização acredita que o clima de verão fora de época traga um público maior para a Praça.



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15 de julho - domingo

Coro e Madrigal da UFPR se apresentam em Antonina

A música barroca encantou quem passava por Antonina na noite de domingo (15), com a apresentação da Orquestra Filarmônica da UFPR (OFUFPR). O evento lotou o Theatro Municipal da cidade no 2º dia do Festival de Inverno.

Orquestra Filarmônica da UFPR tocando o espetáculo “Efemérides”. Créditos: Nicolle Schumacher


Durante pouco mais de uma hora de apresentação, o público conferiu o espetáculo “Efemérides”, que homenageia os músicos Antonio Vivaldi (1678-1741), Claude Debussy (1862-1918), Radamés Gnattali (1907-1988) e o também diretor artístico da OF Harry Crowl (1958). A obra “Concerto em si menor para 4 violinos, violoncelo, cordas e baixo contínuo”, de Vivaldi, abriu o show com grande energia musical, levantando o público desde o início.
A Efemérides fez no Festival de Inverno sua segunda apresentação. A primeira foi no Teatro da Reitoria, em Curitiba, no início do mês, com cerca de 600 pessoas presentes. Márcio Steuernagel, regente da orquestra, conta que a obra foi pensada para eventos especiais: “todo o repertório foi montado com bastante cuidado e diversidade estética justamente para essas duas apresentações importantes”, explica.
No repertório, dois artistas brasileiros foram contemplados. Radamés Gnattali e Harry Crown são aclamados compositores, sendo o segundo músico dono de uma composição feita especialmente para a Orquestra: “Suíte Antiga Brasileira”. A canção foi escrita em 2006 e propõe uma releitura de três obras da liturgia católica dos séculos XIII e XIX; ‘a música do passado pela ótica do nosso tempo’, segundo o próprio autor.
A canção foi responsável por fechar o concerto e o público aplaudiu de pé a apresentação. A Orquestra se apresenta anualmente no Festival de Inverno da UFPR e, de acordo com Steuernagel, é sempre satisfatório: “O público é muito caloroso. Como Antonina é uma cidade pequena, há poucas orquestras se apresentando e nosso concerto acaba sendo um evento importante” afirma, ressaltando o engajamento e atenção dos presentes.
A estudante do curso de Letras da UFPR, Mariana Paiva, assiste à Filarmônica regularmente. Além de gostar da iniciativa do próprio Festival de Inverno, ela comenta sobre a relevância da Orquestra: “é uma oportunidade de conhecer a música clássica e entender um pouco como funciona. A apresentação é emocionante”, diz.
Algumas horas depois, o rock rural de João Lopes colocou o público para dançar na Praça Coronel Macedo. Com letras sobre histórias e cidades paranaenses, o cantor animou a todos.

João Lopes, cantor de rock rural, apresentando-se no Coreto da Praça Coronel Macedo. Créditos: Nicolle Schumacher


“Quero agradecer a Universidade Federal do Paraná pelo convite, esse reconhecimento me deixou muito honrado”, disse Lopes, que apresentou canções de cada um dos seus seis trabalhos registrados durante uma hora e meia de show.
“Minha única intenção é fazer com que minhas letras e melodias simples penetrem no coração das pessoas e tragam felicidade”, afirmou. João Lopes é conhecido como “bicho do Paraná”, nome de um dos seus maiores sucessos.
Com mais de 40 anos de estrada, o cantor se apresentou em Antonina no início da carreira. “Fiz um show aqui em 1979, mas a apresentação de hoje foi minha primeira participação no Festival de Inverno da UFPR”, concluiu.

Neste ano o Coro da UFPR comemora 60 anos de existência. No último domingo (15) o grupo, junto com à Madrigal da UFPR, se apresentou na Igreja São Benedito, em Antonina, no 2º dia do Festival de Inverno. O concerto reuniu obras da transição do período barroco.

Sob atual direção do maestro Álvaro Nadolny, o Coro desenvolve um trabalho intenso na formação de cantores, pesquisando técnica vocal e novas possibilidades de expressão. O grupo foi fundado em 1958, por ocasião da inauguração do Teatro da Reitoria da UFPR.
Já a Madrigal da UFPR foi criada em 2010 e se reuni com o objetivo de aprimorar o estudo da técnica de canto erudito. Tem como característica a autonomia artística dos seus integrantes. Os cantores estudam o repertório individualmente e se reúnem para ensaios em conjunto. Desde sua criação, o Madrigal realiza intervenções em alguns concertos do Coro e em eventos da Universidade Federal do Paraná. Naldonay também coordena esse grupo.
A igreja estava cheia e a apresentação terminou com todos de pé e muitas palmas.

 

O Maestro Álvaro Nadolny na apresentação do Coro e da Madrigal da UFPR, na Igreja São Benedito em Antonina.
Crédito: Letícia Ariele de Moraes, Prattica.


Juliana Zalamanski, 19 anos, é uma das integrantes. Segundo ela, “eventos como esse fazem com que a população tenha acesso ao que normalmente só a elite tem. Então, o Festival de Inverno traz uma parte da cultura que já deveria estar agregado ao domínio público há muitos anos”.
O Coro se reúne duas vezes por semana, em ensaios de duas horas. Possuem aulas de técnicas vocais e teoria. Todos os cantores têm que saber não só a própria parte, como a de todos os integrantes. O trabalho é duro.
Djalma Peixoto, de 78 anos, está no Coro há trinta e cinco anos. Possui uma coleção de filmes, gravações e fotos. Fala com prazer e orgulho das experiências, mas lamenta que os convites para eventos não sejam tão frequentes.
“Com qualquer apresentação que a gente vai ter, o maestro vem primeiro sondar o local, a sonoridade. Nós estamos em cento e pouco cantores, se um errar uma nota, ele sabe quem errou. Então é um trabalho completamente diferente e que traz muita alegria para mim”, afirma Djalma.

 





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14 de julho - Sábado

Paulinho Moska abre o Festival de Inverno da UFPR

Orquestra à Base da Corda convida Paulinho Moska ao palco. Crédito: Nicolle Schumacher

 

A noite iniciou com a solenidade de abertura do 28º Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná. A vice-reitora da UFPR Graziela Bolzón, o prefeito de Antonina José Paula Viera Azim e o pró-reitor de extensão e cultura da UFPR Leandro Gorsdorf, confirmaram presença.
“A cultura não tem fronteira, a arte não tem fronteira” foi uma das falas de Bolzón. Segundo ela, eventos como o Festival de Inverno fazem a integração da universidade com a sociedade.


Além disso, o pró-reitor agradeceu a todos que colaboraram com a realização do evento. Gorsdorf explicou que o cata-vento, símbolo do Festival em 2018, foi inspirado a partir do Coreto, localizado no coração da cidade. “Nesse sentido, o cata-vento quer trazer movimento durante essa semana para o território de Antonina e para todo o estado. Queremos que a cultura seja distribuída, que cada um participante da programação possa levar a cultura para suas casas e famílias”.

 

A vice-reitora da UFPR, Graziela Bolzón, concedendo uma entrevista à UFPR TV. Crédito: Nicolle Schumacher

 

Logo depois, a música começou. A Orquestra à Base da Corda convidou Paulinho Moska ao palco. A orquestra foi criada em 1998 e se dedica à pesquisa e à divulgação da música brasileira. Conta com violino, bandolim, cavaquinho, viola caipira, violão, violão 7 cordas, piano e percussão – o que confere ao grupo uma sonoridade particular.

Paulinho Moska animou o público com voz forte e composições como “Pensando em você” e “A Idade do Céu”. O cantor brasileiro já fez parcerias com grandes figuras do MPB, como Maria Bethania e Elba Ramalho.

“Abrir um festival é sempre um privilégio, um convite muito especial”, afirmou Moska. “Esses festivais conseguem juntar música, teatro, dança, literatura. Todos temos a capacidade de criar e inventar algo, isso é arte. Quando acontece um festival é como se fosse uma celebração do ser humano criador”.

A praça Coronel Macedo em Antonina, onde o show ocorreu, estava cheia com públicos de todas as idades. O Festival segue até o próximo sábado (21).

Cicloturismo Curitiba X Antonina

Umas das tradições do Festival de Inverno da UFPR é o passeio de cicloturismo, que vai de Curitiba a Antonina. No sábado passado, 14 de julho, o percurso se repetiu no primeiro dia do Festival de Inverno. O grupo de aproximadamente 140 pessoas saiu de Curitiba às 6h30 e começou a chegar em Antonina a partir das 12h. O trajeto é de 90km.

Às 17h todos voltaram para a capital, com direito a transporte de ônibus e caminhões carregados com as bicicletas. A taxa de inscrição foi 1kg de alimento e tudo o que foi levantado, cerca de 300kg, foi doado para a Apae.

“Tirando o cansaço, foi maravilhoso” disse Valdenir, 52 anos, que fez pela primeira vez o percurso com a esposa. “Pela estrutura que foi dada, 1kg de doação é pouco!”.

Há mais de 10 anos o Programa Ciclovida desenvolve um calendário de cicloturismo, sendo o percurso na ocasião do Festival de Inverno, o mais tradicional destes passeios. O Ciclovida é um projeto de extensão da UFPR que tem como objetivo incentivar a cultura da mobilidade urbana mais saudável e sustentável.

 

“Esse momento é muito importante para reforçar a responsabilidade social da UFPR. Juntar cultura com a ação do cicloturismo, que traz alimentos para doação, é fazermos essa ponte para outro modo de cultura, outro modo de viver a vida”, ressalta o pró-reitor de Extensão e Cultura, Leandro Gorsdorf.

 

 




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